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1 de mar. de 2011

Concordância Real


Confusões de palavras,
Vocabulários tendenciosos,
Tudo ilusão.
Não passam de regras construídas,
Por gente perdida,
Que precisam de normas para ter direção.

Gente burra,
Não sabe o que é a vida,
Mas se acham cultas,
Por fazer rimas com perfeição.
Mas se perdem na leitura da vida,
Quando o que precisam,
É enxergar o que está diante do seu nariz.

Lembram-se das crases,
Figura DA Net
Das vírgulas,
Mas se esquecem das barrigas vazias.

Buscam nos dicionários
Palavras corretas,
Bonitas,
Mas não olham nas esquinas,
As crianças perdidas.

Intelectuais procuram palavras difíceis,
Para expressar o que não sabem dizer.
Mas seus discursos vulgares,
Pagos!
Não apagam a fome de ninguém.

Quando se trata de injustiça,
Nem a construção perfeita,
Na mais bela poesia,
Traduz a dor de alguém.

Não há palavras que corrijam,
Os olhos “cegos” da justiça,
Nem vocabulário que amenize,
A discordância nominal,
Verbal,
Da desigualdade real.


Luciana Santos

11/06/2006


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